Cara, o país tem muitos desafios
pela frente.
Podemos começar com o indecente
número de 32 partidos políticos legalmente constituídos, com ideologias “à moda
da casa”, fruto de uma legislação que contempla fidelidades e infidelidades “ao
gosto do freguês”, ou melhor, ao gosto da maioria de plantão, que pode
facilitar ou dificultar a criação desses “Frankensteins”, dependendo,
logicamente, do benefício, ou não, naquele momento. Não seria a hora de uma
rediscussão do assunto?
-
Não se preocupe, vamos às ruas derrubar a presidente!
Vejam os nossos investigados presidentes da Câmara e do Senado que têm
históricos nada animadores e muitas nebulosidades em suas trajetórias políticas
e fizeram campanhas caríssimas para ocuparem esses cargos, com promessas de
gastos bilionários como, por exemplo, construir um anexo ao Congresso,
incluindo regalias para todos os gostos, ao custo inicial de 1 bilhão de reais. O que faremos?
-
Não se preocupe, vamos às ruas derrubar a presidente!
Muitos reclamam que existem ministros do Supremo Tribunal Federal que
proferem sentenças descoladas da vontade da população. Estranho, vai fazer
exatamente 1 ano que um desses ministros “pediu vistas”, ou seja, interrompeu
uma votação, a qual os demais ministros já haviam dado a maioria de votos (6 a
1) por sua inconstitucionalidade, de um processo que argumentava que as
indefectíveis doações de empresas que financiavam as eleições são
inconstitucionais e devem ser substituídas por doações dos cidadãos, com um
teto definido e são raras as vozes que se manifestam contra a arbitrariedade
desse ministro! Que atitudes tomaremos em relação a isso?
-
Não se preocupe, vamos às ruas derrubar a presidente!
É uma realidade que o crime organizado vem usando menores de idade em
suas ações delituosas, em virtude do amparo legal que os protegem. E o que
querem decidir, movidos por uma repentina urgência, nossos despreparados e
pressionados parlamentares, mesmo antes de uma discussão desapaixonada,
equilibrada e aprofundada deste complexo problema predominantemente social?
Simplesmente jogar esses jovens, reféns de nossos desajustes sociais, das omissões
do poder público e da hipocrisia desavergonhada de nossas elites, em nossas
fétidas, superlotadas e incivilizadas penitenciárias! Uma solução coerente com
os ideais daqueles que sempre decidiram nesses 500 anos de história de
apartheid deste nosso pobre rico país. Lutaremos por um debate civilizado,
humano e agregador ou simplesmente iremos nos acomodar e aceitar o mote
simplista de que “são argumentos de uma esquerda ultrapassada”? Como poderemos
contribuir com esta discussão?
-
Não se preocupe, vamos às ruas derrubar a presidente!
Cara, nossas escolhas andam meio derrubadas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário