quarta-feira, 29 de julho de 2015

Considerações

            A amante acordou amarga. Chorou, xingou, brigou, gritou. Possessa, indignou-se.
            “O ridículo do meu noivo me traiu em meus sonhos!”
            Pode?

            O eleitor estava revoltado! Tudo indica que o seu candidato não havia logrado êxito.
            “Brasileiro não sabe votar!”
            E eles sempre foram assim, é?

            O magistrado não se conformou.
            “Sou Operador do Direito! Exijo respeito! Alguém viu o guarda que me multou?”
            Eram os deuses arbitrários?

            O Delegado-Chefe era entrevistado sobre a superlotação da Delegacia de Polícia e a consequente fuga de presos.
            “Não dá pra continuar dessa maneira!”
            Pensei que essa fala fosse nossa.

            A dupla não estava num dia muito feliz.
            “Eles têm inveja do nosso sucesso! E da qualidade de nossa música!”
            Como assim?

            O político se achava respeitado. E original.
            “Todas as doações foram feitas de acordo com a Lei! Eu represento a vontade do povo! Que tal 5%?”
            Nada a declarar.

            Mas nem tudo são ambiguidades, fatalidades, mediocridades ou futilidades.
            Hoje, por exemplo, comemora-se o “DIA DO BATON”!
            Oi?